Autorretrato de uma Quarentona

Autorretrato de uma Quarentona

Nasceu, cresceu em Campinas

Ano? 1967, num dia de carnaval.

Estudou biológicas e foi trabalhar de datilógrafa,

Parece sem sentido, mas é a vida!

Namorou, amou, casou – aos vinte anos.

Filhos? Sim, um casal – hoje, adolescentes, mas ninguém acredita, por causa do seu visual.

Já foi Oficial de Administração, Supervisora de seção...

Perdeu a inspiração e foi trabalhar com Programação (de Sistemas).

Deu aula de informática e tanto trabalhar com lógica, quase fica malucona.

Seus braços e dedos não aguentaram, algo não ia bem...

Três anos de afastamento se passaram,

Foram seus piores anos e os mais importantes também.

Momento de reflexão, ponto de mutação.

Voltou como secretária, sem muita opção, porém, garantiu seu ganha pão.

Dizem o que o tempo é remédio pra tudo...(sabemos não é o único).

Feliz com sua saúde equilibrada,

Agradecida com todo apoio e atenção recebidos,

Decidiu, que ao hospital, um tempo seu iria dedicar.

Os Griots conheceu, Contadora de histórias se tornou .

Sua veia artística recuperou.

Encontrou um novo sentido junto às crianças hospitalizadas,

Um novo mundo para ela se descortinou.

Ainda querendo mais, pesquisou seu próximo passo.

Descobriu a psicanálise e agora está no laço.

Lê todo dia Freud e Lacan.

Mulher camaleão!

Assume tantos papéis...

Onde ela vai chegar? Ninguém aposta...

Mas hoje, ela sabe de uma coisa...
É muito bom fazer o que gosta!!






Elaine Cristina Villalba de Moraes (09/07/2009)